sábado, 15 de dezembro de 2012

A leitura da normalidade

Viseu. 2011
[Momento-infância 10] O Afonso esquiva-se a uma desejada "normalidade". As leituras interpretativas do seu comportamento prolongaram-se pelas instituições de ensino, de pré-escola em que, não raras vezes lá vinha um diagnóstico proferido por alguém sem a mínima capacidade ou formação para o emitir. Mas há gosto por 'sangue', pelo mal dos outros, como se isso elevasse a autoestima de quem profere diagnósticos incompetentes. A incompetência, aliás, e a mediocridade parecem, por vezes, ser assumidas de forma crua, aparentemente absurda, de quem mais fala de si próprio do que quem observa. Todos vivemos num limbo de lucidez em que esta é por vezes perdida, mas uma reserva de contenção, quando se observa uma criança, deveria ser um valor mais ponderado.

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