terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Ignorância

Viseu. 2010
[Momento-infância 6] A nossa voz foi liminarmente recusada no confronto de outras possibilidades de diagnóstico. Todo o processo feito em Viseu foi ostensivamente ignorado, tal como o foi a história familiar dos pais, tal como o foram todos os factos por nós relatados. O Afonso era autista e um "contador" tinha de ser posto a zero. Um diagnóstico desta gravidade era dado como sendo algo de inquestionável, nos corredores de um hospital, sem o mínimo de preocupação com a sensibilidade da situação, nem tão pouco houve o querer adiar esse diagnóstico para uma observação mais cuidada, numa futura consulta. Um princípio que nos diz que não se fazem diagnósticos de comportamento a uma criança com fome, com dor, cansaço ou sonolência, era ignorado.

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