domingo, 16 de dezembro de 2012

Situar em lugar

Viseu. 2011
[Momento-infância 11] Qual é o significado deste relato neste espaço cidade infinita? Volto ao texto inicial deste bloco, publicado no passado dia 4, a cidade infinita é sobre a vida, as fotografias, palavra, fazeres, e as suas contaminações no universo específico do meu trabalho. Não fiz fotografias desta situação concreta durante os dez dias em que decorreu este episódio (fiz um desenho), mas este é o meu mundo, é uma situação que marca quem a vive, marca os meus fazeres, o entendimento do mundo, enriquece uma leitura do humano e reafirma a ânsia de comunicar, de partilhar estas fotografias e palavras num quadro despojado do entendimento de uma certa forma de ser humano, de me aproximar de um sentir, de tentar levar mais longe aqueles que são os meus limites, limitações, do uso das fotografias e da palavra. Esta é também a forma de recusar a ideia de que algo não se consegue dizer, não se consegue transmitir, está para além da nossa capacidade de comunicar. Não, a comunicação humana, a expressão, é ela própria uma luta e uma conquista. Quando não conseguimos dizer algo por palavras, ou por qualquer outra forma, temos um desafio e um apelo, temos a construção de um sentido de vida humana, teremos eventualmente um mundo desvinculado e precário, mas também o mais sedutor e significante horizonte de liberdade.

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