terça-feira, 30 de abril de 2013

Outro ser

Queluz. 1994

[Viagens. Paisagens 22] Todas estas palavras não farão sentido sem o desenvolvimento de frentes de comunicação e vínculos à realidade. Poderá haver um trabalho contemplativo que se baste a si próprio, mas o objetivo da comunicação pode estimular de forma muito acentuada a clareza do pensamento, e representar um incremento do processo de reflexão. Talvez pela comunicação se crie um espelho em que nos reflectimos, em que ganhamos distanciamento em relação aos nossos fazeres, em que nos vemos ao longe, como se de outro ser se tratasse.

1 comentário:

  1. A "comunicação para um espelho" e "os vínculos à realidade" transporta-me para um plano que eu acho fundamental: A teatralidade.

    Ou seja, uma comunicação exagerada (como uma lupa) sobre a natureza humana. De forma a que possamos observar essa mesma natureza e sobre ela refletir o necessário. Não foi por acaso que os gregos teriam a "Democracia" e o "Teatro" como duas peças fundamentais no seu modelo de cidade.

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