terça-feira, 18 de novembro de 2014

(1985-1986)

[Guadiana 86-14_02] O ano de 1986 viria a ser um ano seminal, decisivo, no meu percurso, pessoal e profissional, futuro. Em 1985 mudava de escola, para fazer o 12° ano na secundária D. Pedro V, em Lisboa, vindo de Queluz. Iria ter como professor de Geometria Descritiva, Álvaro Duarte de Almeida, que marcaria em mim, indelevelmente, a forma de leitura dos aspetos de relação com a terra e com o património edificado. Nas férias da Páscoa desse ano letivo, Álvaro Duarte de Almeida, convida-nos, alunos, a participar numa campanha arqueológica de levantamento topográfico, fotográfico e limpeza, de várias antas nas proximidades de Mora. Era o primeiro contacto com a terra, com o viver a céu aberto, com o sentir o corpo como fazendo parte de uma natureza forte, imprevisível e indeterminada, era o corpo cosmogónico. O convite seguinte seria a descida do Guadiana, em setembro, poucos dias antes de viajar para o Porto, para, nessa cidade, iniciar o estudo da arquitetura, do projeto dos lugares humanos.
 
Anta da Herdade da Gonçala. Mora. 1986


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