terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Luz rosa

[permanecer inexistente_06] Nos arredores de Lisboa a recolha fotográfica decorria sem os sobressaltos que não fossem o espanto que cada ponto pareceria revelar, por tudo quanto não era possível representar. Havia formas novas de interpretar o visível, de o tentar captar, mas foi quando atravessava uma tangente à cidade de Madrid, rumo ao norte, que verdadeiramente se sentia fora e dentro de um certo mundo familiar que cruzava universos contraditórios. Contornava a grande metrópole humana onde um número interminável de automóveis circulava a velocidades elevadas num mundo denso de solidão acentuada por dia de luminosidade reduzida, rosácea. Como se a cidade tivesse, ela própria, um ponto nodal, um coração, em torno do qual se organizava assumia-se como a síntese perfeita de que podia ser um "ponto".

C7.F - Castanhos, Setúbal - 38º31’4.62”N / 8º59’52.59”W - 11.12.2013_11:36

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