sexta-feira, 10 de março de 2017

Casa de Susana Goes Ferreira

[rgf 16] Numa pausa no levantamento fotográfico da obra de Rui Goes Ferreira visitamos uma casa de Susana Goes Ferreira, a sua filha mais nova. De um caos urbano envolvente, há um bloco de betão que se ergue, de um jardim tímido, sobre dois pilares. Da rua não nos apercebemos das múltiplas dimensões daquele espaço. Quando entramos toda aquela urbe desconexa desaparece. Em frente abre-se o imenso oceano, como se toda a casa tivesse sido desenhada para o observarmos, para lermos no seu aparente vazio a inesgotável sedução do planeta que habitamos. Estamos em frente de uma paisagem cósmica que é “construída” por uma peça de arquitetura. É esta uma das seduções maiores da Arquitetura: a definição de um lugar humano que, em passagem, edifica o sentido da nossa própria existência. (O projeto desta casa é de Teresa Goes Ferreira, quem primeiro deitou mão à procura da obra de seu pai, que haveria de ser continuada por sua filha Madalena. Aqui se encontram três gerações de arquitetos).
[Para mais dados sobre o arquiteto Rui Goes Ferreira, consultar: http://sobreruigoesferreira.blogspot.pt/]


Casa de Susana Goes Ferreira. Caniço, Madeira. 2016





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